quarta-feira, 22 de julho de 2015

“Baixos salários são apenas o reflexo da falta de prioridade”, diz Sindsaúde

Em entrevista a equipe do Nominuto, diretora do sindicato falou sobre a atual situação da greve.


Diretora do sindicato contou que um documentário está sendo feito para mostrar a situação de cada local de trabalho.
A greve dos servidores da saúde do Rio Grande do Norte vai continuar, é o que afirma Simone Dutra, coordenadora-Geral do Sindsaúde. Em entrevista ao Nominuto, a coordenadora falou sobre as reivindicações. “A nossa pauta tem 16 itens, de reajuste salarial de 27% a tabela de qualificação, entre outros pontos”, explica.
O governador Robinson Faria recebeu os servidores da saúde em audiência pública na tarde de ontem (21). Em nota, a Assessoria de Comunicação (Assecom), informou que todos os pleitos dos servidores que o governo poderia atender dentro da legalidade foram atendidos.
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Mas, de acordo com Simone, apenas alguns pontos foram atendidos. “O governo negociou o grosso, as coisas que atualmente não estão sendo cumpridas. Atrasos, devolução de descontos ilegais não é ponto de greve. Eles alegam não ter investimento legal para dá reajuste, mas contatamos nosso assessor jurídico e ele informou que o governo pode sim fazer o reajuste salário, mas ai eles teria que atender não apenas nossa categoria”, disse.
A coordenadora do Sindsaúde contou para nossa equipe que um documentário está sendo feito para mostrar a situação de cada local de trabalho. “Estamos fazendo um documentário sobre a situação de cada local de trabalho e pretendemos divulgar nas redes sociais daqui pra amanhã (23)”.
Simone explica que as medidas tomadas pelo governo não são suficientes. “O governo diz que está fazendo, mas na realidade isso não é o suficiente. Eles não vivem nosso drama, eles vêm de uma classe que não vive isso. Nos hospitais, morrer já virou algo banal. O que existe na verdade é uma falta de prioridade com setores que dão assistência à população pobre, e isso não se restringe apenas à saúde. Ganhamos mal, não temos suporte e isso é apenas um detalhe. Os baixos salários são apenas o reflexo dessa falta de prioridade”.
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Atualmente cerca de 80 pessoas ocupam o prédio da governadoria. De acordo com Dultra, as tomadas e os ares-condicionados da sala onde estão os grevistas foram desligados. “Essa greve é um grito, é a oportunidade de externamos nossa insatisfação. Eles falaram que não iam nos repudiar, mas acabaram desligando os ares-condicionados e tomadas”, finaliza Simone.
A Assecom informou que dia 28 vai ser apresentado um parecer jurídico acerca de uma suposta brecha legal apresentada pelo sindicato, e além do parecer jurídico, também deve ser apresentado na audiência, um parecer financeiro apontando o impacto do reajuste. Em nota, o governador Robinson Faria esclareceu que as medidas possíveis estão sendo tomadas. “Eu quero o servidor motivado. Se a população está satisfeita com a saúde, todos ganham. O que eu puder atender, eu vou atender”.

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