quarta-feira, 8 de julho de 2015

Senador afirma que conclusão de transposição dará segurança hídrica ao Nordeste

Durante audiência pública da Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI) que debateu os desafios no abastecimento de água potável e no esgotamento sanitário, o senador Garibaldi Filho alertou sobre a importância de o governo federal concluir o mais rápido possível as obras de transposição do Rio São Francisco. “É necessária a conclusão das obras de transposição para que o Nordeste garanta a sua segurança hídrica”, opinou.

Senador Garibaldi Filho e governador Geraldo Alckmin durante audiência pública da Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI)Senador Garibaldi Filho e governador Geraldo Alckmin durante audiência pública da Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI)

A audiência pública demonstrou que enquanto os estados nordestinos sofrem os efeitos de mais uma seca, São Paulo conseguiu superar a crise hídrica provocada pela maior escassez de água registrada nos últimos 100 anos no estado. O governador Geraldo Alckmin garantiu que as medidas adotadas – e outras em andamento – afastaram a possibilidade de a população ser obrigada a enfrentar um racionamento ou um rodízio na distribuição de água.

Segundo o governador paulista, a maior seca registrada em São Paulo no século passado ocorreu em 1953. No ano passado, choveu metade daquele ano, e sem que os institutos de meteorologia apontassem que tal estiagem ocorreria. Alckmin explicou que os dados geográficos amplificaram o problema: a região metropolitana de São Paulo conta com 22 milhões de habitantes, está situada 700 metros acima do nível do mar e a água que abastece tal contingente vem de uma distância de 100 quilômetros.

Para resolver a crise hídrica, o governo de SP investiu em campanhas junto à população para o uso racional da água. Além de propagandas orientando fechar a torneira durante a escovação dos dentes ou o ato de ensaboar o corpo, no banho, foi instituído um programa que reduzia o valor da conta de quem economizasse e aplicava multa em quem ampliasse o gasto de água. “A adesão foi de 83% da população”, comemorou o governador Geraldo Alckmin.

Outras medidas foram o aumento da produção de água e a redução de perdas. O governador comparou que enquanto os sistemas de distribuição de água da França registram perda de 27% e o da Inglaterra, de 20%, São Paulo conseguiu reduzir seu percentual para 19%. “Somente o Japão e a Alemanha têm perdas de apenas um dígito”, informou Geraldo Alckmin. Financiado pelo governo japonês e com assessoria técnica daquele país oriental, o governo paulista está desenvolvendo um programa para diminuir mais ainda seu percentual de perda.

“De certa maneira, fiquei surpreendido. Pensei que o governador Geraldo Alckmin diria que para resolver o problema o estado tinha gasto bilhões, em investimentos, mas ele falou em economia. Que se atente para isso: o problema pode ser resolvido por meio de investimentos, claro, mas também através da economia de gastos: tanto os gastos públicos, como os do consumidor”, comentou Garibaldi Filho.

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